54% dos casais estão alinhados financeiramente, você sabe como.
- Gestao preta
- 10 de jul. de 2022
- 3 min de leitura

Você sabia que mais da metade dos divórcios da última década foram causados por problemas financeiros?
Segundo um levantamento do IBGE, essa é a mais pura verdade.
Culturalmente, as pessoas do Brasil já têm hábitos financeiros não muito saudáveis e dentro dos relacionamentos não é diferente.
Muitos casais ainda não falam abertamente sobre as finanças, deixando o papo só para casos extremos, quando a situação já não está boa.
Mas, qual a razão para irmos empurrando essa situação com a barriga?
É possível tratar de assuntos financeiros dentro de casa, sem estresse e maiores desgastes, até porque é um tema crucial para o relacionamento e progresso do casal. Se tem filhos, a situação não muda, é importante falar disso com os pequenos também, afinal a educação de nosso país ainda deixa muito a desejar.
Para termos uma ideia, o Brasil é o 74º no ranking global de Educação Financeira (S&P Rating Services, 2014).
Isso se reflete ao longo de nossa jornada da vida adulta, na má administração do que
ganhamos, poucos conhecimentos em investimentos, gastos desnecessários, etc.
Ou seja, além de esbarrarmos nas próprias dificuldades devido à escassez de recursos, salários baixos e inflação, ainda temos que superar o obstáculo da educação financeira, exigindo de nós um esforço além do comum para conseguir organizar nosso dinheiro.
O ideal é sempre poupar, buscando o equilíbrio entre o prazer de hoje e a segurança do futuro.
Mas, vamos voltar aos papos de casal.
Não é só de love que se sobrevive, é preciso falar dos boletos.
Num levantamento feito em 2020 pela CNDL, 3 em cada 10 entrevistados escondem compras de seu par e cerca de 45% justificou-se alegando que era para evitar conflitos.
Mas até onde isso vale a pena?
Precisamos colocar esse assunto em nossas conversas de casal, já que é preciso conciliar:
1. Despesas Mensais
2. Gastos eventuais (acessórios, cosméticos, roupas)
3. Lazer (do casal e individual)
4. Emergências
5. Desejos e metas para o futuro

Se não colocamos esses papos em dia, fica muito complicado para conseguirmos atingir esses objetivos, já que um dos dois pode estar “sabotando” os planos ao omitir algumas despesas, por exemplo.
Isso significa que os desejos de ambos devem ser priorizados na hora de estipular as despesas e que a conversa deve ter um pouco mais de frequência, para que os objetivos individuais sejam sempre lembrados e os objetivos de casal sejam prioridade.
Além disso, caso sobre alguma coisa, é importante não ficarmos buscando coisas para gastar essas quantias. Se vocês têm sonhos, planos de viagens, compra de bens de maior valor (casa, carro, investimentos) ou aposentadoria seria legal definir isso como gastos fixos ao invés de dedicar só o que sobrou para estas situações.

Nas despesas da casa, não precisamos dizer que é importante uma divisão igualitária das contas e despesas, correto?
Caso não seja possível, podemos optar pela divisão proporcional, de acordo com o que cada um ganha.
Inicialmente, podemos até achar injusto, mas vamos pensar também no dinheiro que precisa sobrar para que as duas pessoas consigam dar conta dos gastos individuais e contribuir de forma igual com os planos para o futuro.
Claro que essas não são receitas prontas e nem formulas mágicas. Aqui, estamos trazendo sugestões e ideias de boas práticas para uma boa saúde financeira, pois cada um pode analisar e decidir o que é melhor para os seus projetos.
Mas, de modo geral, a palavra-chave é transparência. O diálogo é sempre importante e permite que nos mantenhamos sempre nos trilhos, rumo aos nossos objetivos, sem
discussões, sem pressão e com as contas em dia.
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