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Mercado de Cannabis: como o setor vem evoluindo?

Pedir maconha no Uber Eats. Este talvez seja um desejo de usuários no mundo todo.

Pedir maconha no Uber Eats.


Este talvez seja um dos desejos dos usuários de cannabis ao redor do mundo, em países onde o consumo é proibido.


Hoje, quem vive no Canadá, tem esse desejo atendido, já que desde de novembro de 2021 a gigante do setor de transportes por aplicativos passou a aceitar estes pedidos.

Isso representa um salto e tanto para o mercado e uma grande novidade, por conta da sensibilidade do tema e os debates que ele gera.


Ainda proibida em grande parte do mundo, a Cannabis vem ganhando espaços, principalmente pela sua enorme capacidade medicinal e vem abrindo caminhos para novos mercados.


O Canadá, tem o consumo recreativo de maconha legalizado desde 2018, e desde então, vem aprimorando suas políticas a respeito do assunto.


Mas, e o Brasil, como está nesse cenário?

Se você está sempre em busca de oportunidades ou quer ficar antenado nas tendências, não pode ficar de fora dessa conversa.


O Brasil

No mundo as vendas de Cannabis já ultrapassam os 10 bilhões de dólares. Estima-se que até 2025 esse número salte para 33,6 bilhões.


Aqui no Brasil, o avanço desse mercado ainda encontra algumas dificuldades, apesar de contar com a liberação do plantio para fins medicinais desde 2006 e desde 2014 a aprovação do CBD (um dos princípios ativos da planta) para tratamento de epilepsia, além da liberação de alguns outros tratamentos a partir de 2021.


Apenas uma empresa, a pioneira no desenvolvimento dos remédios a base de CBD, faturou cerca de R$ 1,5 bilhão apenas em 2020.


Delivery de Cannabis
Delivery de Cannabis

A pandemia

O período de reclusão gerado pelo Coronavírus impulsionou a tendência.


A cannabis medicinal teve seu consumo aumentado em 91% entre 2020 e 2021, em decorrência do crescimento dos problemas de saúde mental causados pela pandemia, o que representou um grande salto nas receitas das empresas do segmento.


Oportunidades

As possibilidades com avanço da legalização podem ir além da comercialização medicinal. Estima-se que em 2023, a cidade de Nova York (autorizou o uso recreativo para adultos maiores de 21 anos em março/2021) fature cerca R$ 6,8 bilhões.


Segundo um estudo da MPG Consulting, o valor das vendas anuais pode chegar a R$ 23,9 bilhões até 2027.


Estes números falam apenas do consumo direto do produto, mas as oportunidades chegam através dos acessórios utilizados para o manuseio e uso da planta, encontrados hoje em tabacarias.


Além disso, os países que legalizaram o uso recreativo encontram adicionais em sua arrecadação através do turismo (EUA já movimenta cerca de R$ 80 bilhões).

Para pequenos empreendedores, as oportunidades podem surgir através de:


  • Pequenas tabacarias e head shops, com loja física ou apenas delivery;


  • Vestuário e acessórios temáticos, relacionados a cultura canábica;


  • Lojas, restaurantes ou espaços conceituais, caso o uso em espaços públicos ou espaços privados e fechados seja permitido;


  • Comestíveis: Alimentos com cannabis entre seus ingredientes;


  • - Consumo de “alto padrão”: Assim como a cerveja e o vinho, existem inúmeros tipos de cannabis, com aromas, sabores e intensidades diferentes, e percentuais de THC e CBD variados. Então, nesse sentido, funcionaria como os “mestres de cerveja” e os sommeliers, que apreciam suas bebidas buscando maior qualidade, ainda que paguem valores consideráveis por isso no consumo, nos acessórios e itens colecionáveis (tampas, garrafas, abridores, quadros, rolhas, taças, etc.)


  • Entregas: No Canadá, certamente, o setor de entregas e logística terá um acréscimo em sua demanda, gerando oportunidades para profissionais e empresas em toda o fluxo. Desde lojas que comercializem, entregadores, apps, etc.


O que você acha disso?


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