Hoje, você vai ver que procrastinar não é coisa de bagunceiro ou desorganizado.
É normal, é um sinal importante, e que vai muito além da organização e gestão de tempo, você vai ver como pode lidar com isso.
Semana apertada, bem corrida e o final de semana se aproxima. Cheia de coisas para fazer, não pretendia tirar o sábado e domingo para descansar, queria adiantar tudo. O sábado chega e o que eu faço? Adio a leitura que tinha que fazer para o final da manhã. Já são 13:00 e ainda não li, o dia acaba e eu não cumpro minha tarefa.
E para fazer post no Instagram? Quem já entrou para fazer um post necessário e acabou se distraindo, vendo outras coisas?
Situações assim, certamente acontecem com todo mundo, é o tão famoso ato de procrastinar. E o incrível é que mesmo sabendo do prejuízo ou arrependimento que pode trazer o adiamento daquela tarefa, ainda assim empurramos com a barriga.
Mesmo utilizando aplicativos, lembretes, gerenciadores de tarefas e tempo, ainda procrastinamos.
Eu mesma procrastino, e com o tempo descobri que é algo tão normal para nosso cérebro e muitas vezes necessário, por ser um alerta. Descobri também que nem sempre tem a ver com a gestão de tempo e má organização da agenda. Tem muito a ver com emocional e com impulsos e em como gerenciamos isso.
Mas, porque um alerta?
Nem tudo que fazemos é porque gostaríamos de fazer. Muitas de nossas atividades são deveres, obrigações. Nossa responsabilidade e autocontrole permitem que não sejamos levados pela preguiça e por distrações do dia a dia.
Além do autocontrole, a motivação gerada por alguma expectativa de recompensa, faz com que a gente se mova rumo aos nossos objetivos.
Então, se você tem procrastinado em excesso, pode ser sinal de que tem algo errado com alguma dessas áreas.
Se você tem uma jornada dupla, por exemplo, estudar ou trabalhar nas tarefas de seu próprio negócio no período da noite podem fazer com que adie alguma coisa, por conta do cansaço. Então, significa que precisa diminuir a quantidade de coisas e redistribuir a agenda, para não ficar se frustrando ou se sentindo incapaz.
O ambiente também pode ter sua parcela de culpa: lugares desconfortáveis, cadeiras e mesas inapropriadas, má iluminação ou barulho interno ou externo, vão te atrapalhando aos poucos e tirando sua concentração, aumentando as chances de não concluir o que tá fazendo.
Por isso, é importante desativar as notificações do celular ou até deixa-lo em modo avião, se necessário. Se aquilo for importante para você, então precisa fazer.
Eu mesma procrastino, e com o tempo descobri que é algo tão normal para nosso cérebro e muitas vezes necessário, por ser um alerta. Descobri também que nem sempre tem a ver com a gestão de tempo e má organização da agenda. Tem muito a ver com emocional e com impulsos e em como gerenciamos isso.
Ansiedade e Estresse contribuem para procrastinação
Como? A vontade de concluir e resolver tudo pode nos paralisar ou nos fazer enxergar tudo que deve ser resolvido como um fardo, então, simplesmente, mais uma vez, empurramos com a barriga.
Outros fatores
AUTOSABOTAGEM
BAIXA CONFIANÇA
MEDO DO FRACASSO
INDECISÃO
Mas nem só das dificuldades surge a procrastinação. Quando algo se torna muito fácil para nós, não nos sentimos mais desafiados.
Isso acontece no campo da expectativa: se aquilo não é mais um desafio, dificilmente existirá expectativa do prazer de conclui-lo. Então, se procrastina num trabalho que já faz há muito tempo, analise se não é hora de buscar coisas novas ou outros desafios.
Do mesmo modo, se algo parece ser muito complexo tendemos a jogar para frente, enxergando aquilo como algo trabalhoso.
Então, significa que não temos culpa quando adiamos uma coisa?
Não necessariamente. É nossa responsabilidade perceber isso, assim como fazer algo para mudar a situação, como exercitar o controle dos impulsos e emoções que podem nos fazer procrastinar ou identificar gatilhos que podem nos “desviar”.
Ter objetivos mais definidos e concretos, com data, hora e prazo, pode te ajudar. Além disso, se presentear com pequenas recompensas podem te dar a motivação necessária para cumprir as tarefas que não vão trazer algum retorno agora e que são constantemente adiadas, por conta de nossa tendência em fazer coisas que nos darão satisfação agora, mesmo que pensar a longo prazo seja vantajoso.
Avaliar nossas tarefas pela importância que elas têm e não pela satisfação que ela pode te proporcionar, pode nos forçar a fazer algumas coisas que não faríamos a princípio, mas, o importante é o equilíbrio, alternando, pois, fazer muita coisa por obrigação pode gerar o mesmo problema, então temos sempre que ficar driblando essa estratégia do nosso cérebro de fugir das tarefas desagradáveis.
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